por Rodrigo Barrenechea, editor da ANotA,
especial para o Programa Censura Livre.
Sob intenso calor, cerca de 100 pessoas realizaram manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus no centro de São Gonçalo. A passeata teve como propostas centrais a revogação do reajuste da passagem, para R$ 2,80, autorizado recentemente pelo prefeito Neilton Mulim (PR), o fim do Consórcio São Gonçalo, oligopólio que controla o transporte público da cidade, e a estatização deste, por meio da criação de uma Empresa Pública. Além disso, foi reivindicada a legalização dos transportes alternativos e a melhor aplicação das verbas públicas, em saúde e educação especialmente, face o desperdício dos recursos municipais, especialmente visto no caso do escândalo das mensagens de texto enviadas por celular a cidadãos com uso de dinheiro da prefeitura.
Organizado pelo Fórum contra o aumento das passagens de São Gonçalo e pelo Movimento São Gonçalo na Luta, o ato teve sua concentração e ponto de partida na Praça Zé Garoto, seguindo pelo centro até a sede da prefeitura e Câmara de Vereadores. No entanto, nenhum representante, nem do Executivo nem do Legislativo municipais recebeu os manifestantes. O ato transcorreu pacificamente, sem maiores incidentes.
Novas manifestações devem ocorrer nos próximos dias; já está marcado um novo ato para o dia 30/01, às 17 horas, também saindo da Praça Zé Garoto. Além disso, duas reuniões nos próximos dias devem ajudar na preparação desse protesto: no sábado, dia 25/01, haverá uma reunião do São Gonçalo na Luta, às 14 horas, no espaço Carequinha (Praça Zé Garoto). Já no dia 27/01, às 19 horas, haverá a reunião preparatória para o ato do dia 30, na UERJ-FFP. O Censura Livre estará presente na preparação do protesto, assim como na cobertura do ato do dia 30.
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