sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

2º ato contra o aumento das passagens ocupa centro de São Gonçalo

por Rodrigo Barrenechea, editor da ANotA,
especial para o Programa Censura Livre

  Cerca de 200 pessoas foram às ruas ontem, dia 30/01, em protesto contra o recente aumento da tarifa do transporte público. No início de janeiro deste ano, o prefeito Neilton
Fotos: RB
Mulim (PR) autorizou o aumento, para R$2,80, sem nenhuma consulta à Câmara de Vereadores e sem atentar para o dispositivo legal da "modicidade" das tarifas públicas, como disposto na Constituição Federal.
  Mas nada disso interessou muito ao manifestantes; o principal mote do ato foi a promessa não-cumprida do prefeito de reduzir a tarifa para R$1,50. A intenção de Mulim é implantar a tarifa usando subsídios públicos e apenas para uma parcela da população, por meio de um cadastro e a emissão de um cartão, no mesmo modelo seguido por Cabo Frio e Campos, cidade do padrinho político do prefeito, o ex-governador Anthony Garotinho. Por outro lado, as lideranças do movimento contestam as intenções de Mulim, contestando o uso de subsídios e exigindo que a tarifa de R$1,50 seja irrestrita.
 
Por trás disso tudo está o cartel que controla o transporte público da cidade, o Consórcio São Gonçalo, formado pelas principais empresas de ônibus da cidade, que teriam sido beneficiadas pelo município com a cessão do terreno onde foi construído o Pátio Alcântara. Nesse sentido, vários ativistas consideram essencial a estatização do serviço, com a criação de uma Empresa de Transporte Público, sob controle da sociedade e dos próprios rodoviários.
  O ato começou com uma oficina de cartazes, na praça Zé Garoto, onde os manifestantes foram se reunindo, esperando a hora de sair em passeata. Por volta das 18 horas, a caminhada teve início, ainda sob forte sol. Cerca de uma hora depois, o ato chegava à frente da prefeitura, onde os discursos se sucederam.
  A luta dos manifestantes ainda continua, já que a prefeitura ainda não sinalizou com nenhuma abertura de negociações. Assim, no próximo dia 4 de fevereiro, haverá mais uma reunião do "Fórum de lutas contra o aumento das passagens", a ser realizada na UERJ-FFP, a partir das 19 horas.

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